Conta á história do motociclismo Brasileiro, que o pós-guerra
(2ª Gde Guerra Mundial), pilotos de “caças aéreos” brasileiros, ao retornarem
ao Brasil, deu inicio a um movimento Motociclístico, que lhes possibilitava a
liberdade possível a quem se isola dentro de seus capacetes.
Desta feita pequenos grupos se formaram principalmente nas
capitais do RJ e SP.
Até meados da década de 1970, os grupos Motociclísticos
existentes, tinham regras bem definidas e seus objetivos claros a todos os
integrantes. Havia muitos motociclistas independentes, que possuíam suas motos,
viajavam se conheciam, trocavam informações e se encontravam, porém de uma
forma bem “leve”, pois tudo era muito difícil. Difícil comprar uma motocicleta
boa, manter, encontrar peças para substituição, enfim eram outros tempos. E
isso os mantinha unidos e coesos.
Meados dos anos 1980, começa o Boom do motociclismo
Brasileiro, com as montadoras japonesas montando suas motos de baixa cc e
vendendo com financiamentos e consórcios, que facilitavam aquisição destas
maravilhosas motos, começando então o atendimento de muitos sonhos.
Tem-se então o inicio de uma nova era, com surgimento de
grupos com foco em passeios, em uso urbano, em atendimento às necessidades de
mobilidade urbana, para o trabalho e estudo, principalmente nas metrópoles.
Chegamos então aos anos de 1990, com a liberação das
importações de motos de alta cc, que chega junto com o estimulo governamental
ao consumismo desenfreado, o que estimula às montadoras a montarem verdadeiros
planos mirabolantes de venda, de forma a atender suas expectativas de resultado
financeiro além da venda de seus produtos.
Em paralelo, o consumo de motocicletas dispara, sendo que a
maioria dos consumidores, não fazem a
menor ideia do que é ter uma motocicleta e ser um motociclista, todos pensam
como consumidores vorazes, onde o poder TER é melhor do que poder SER.
Grupos e grupos são constituídos, sem objetivos, sem metas,
sem conhecimento das regras e códigos de ética existente no meio, começando
então um novo e triste período, onde os políticos e burgueses tentam tirar
proveito em beneficio próprio do meio. Seja montando lojas de comércio de
motos, acessórios e peças, com total desrespeito ao consumidor, porém respeito
este que nem mesmo os usuários conseguem identificar, pois o desejo de consumir
é maior.
Aproveitando toda esta situação, as montadoras tiram
proveitos e mais proveito dos consumidores e o estado. O Estado, explora tudo
que pode em termos de encargos, não concedendo a contra partida necessária, de
ao menos, estabelecer padrões que viabilizassem a formação de usuários destes
veículos com um mínimo conhecimento e técnica.
E hoje estamos nós, usuários urbanos ou não, desportistas ou
não, viajantes ou não, moto turistas ou não, sendo explorados por todas as
montadoras e para piorar também pelos governos, nos 3 níveis (municipal,
estadual e Federal), pois nada é feito pelos executivos destes 3 níveis em
favor dos Motociclistas neste Brasil.
Vivemos lamentavelmente, uma política onde os que se acham
sério, não tem coragem de entrar para não se contaminar, ou por não disporem de
condições para poder concorrer de forma a ter um mínimo de possibilidade de ser
eleito.
Porém tudo isso, creio eu, se deve a ausência da União
existente até à década de 1970, e que hoje lamentavelmente, não mais existe,
pois chegamos à era do Empreendedorismo, estimulado pelo governo, pelas
autarquias, pelas instituições financeiras, onde o que prevalece é o EU
EGOÍSTA, Mesquinho, Traiçoeiro, onde o EU Coletivo não tem vez, onde a União é
palhaçada, onde a perfeição é apenas o que “Eu faço” e pronto acabou.
Existe um ditado antigo que diz “A UNIÃO FAZ A FORÇA”,
falamos e bradamos que somos uma Irmandade Motociclística, eu mesmo vivo
falando desta pretensa Irmandade. Onde ela esta? Quem a respeita? Onde a
encontramos?
Estamos em um ano político. Quantos Motociclistas de verdade
são candidatos? Qual o Apoio que estes estão recebendo dentro do Motociclismo
de seu estado?
Convoco então a todos, a nos unirmos em prol do que
realmente deve prevalecer, do que devemos defender.
Apoiemos aos “Irmãos” Motociclistas, que estejam se
candidatando, convoque-os para um debate, para a criação de um plano de ação em
favor das necessidades existentes em sua cidade, região ou estado.
Vamos defender a liberdade da qual tanto gostamos e
desejamos, vamos lutar para que não sejamos massa de manobra do sistema
corrupto e que só nos enxerga quando estão necessitando de nosso voto.
UNIDOS SOMOS FORTES, não se esqueçam disso, pois o Futuro do
Motociclismo em todos os sentidos no Brasil depende exclusivamente de cada um
de nós, levantarmos uma bandeira em favor de nossas reais e valorosas
necessidades.
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