Diariamente, nos vemos envolvidos em momentos, que são
únicos, assim sendo é um momento, porém a constância destes transforma-os a um
plural, ou seja, momentos.
Redundância. Sim.
Porém estava agora a pouco, sem acesso à net e “Jogando paciência”,
com muitas ações a serem desenvolvidas, livros virtuais a ler, debates sobre a
Política Nacional a participar, correspondências a ler e a responder,
divulgação de produtos que tenho sob minha responsabilidade e
representatividade a ofertar, enfim, inúmeras ações, que hoje em dia só é
possível através do uso constante da WEB.
Lembro no inicio da década de 1990, um ex-diretor, ao
retornar de uma viagem ao exterior, haver comentado comigo, sobre o que estaria
sendo preparado “La fora” no universo da comunicação. Muitos novos aparelhos de
celular iria revolucionar a comunicação no Brasil, mais especificamente já que
neste período, os melhores aparelhos da recém-instalada telefonia celular eram
os “PT´s 550” (Tijolão como eram chamados os aparelhos da Motorola).
Naquele tempo, tínhamos tempo e os momentos, eram distintos,
vivíamos a correria dos contatos pessoais, do aperto de mão e dos olhos nos
olhos, do falar com clareza e sentimento, do ofertar aquilo que podíamos de
fato entregar, e se não o fizéssemos, éramos logo taxados de irresponsáveis. E
ai claro, perdíamos o cliente, o parceiro, o amigo e muitas vezes até o
conhecido, que deixa de cumprimentar-nos por havermos falhado com um seu Amigo.
Era, até então a época dos momentos, em que o “fio de bigode”
tinha valor, tinha respeito.
Hoje, tentamos passar para a escrita, estes sentimentos,
tentamos levar aos mais jovens, a informação em sua essência, e muito
raramente, temos sucesso, alias até mesmo com jovens nem tão jovens (risos).
Hoje, (já há algum tempo), as leituras são outras, os filmes
são outros, as novelas então, nem se fala, a comunicação escrita, praticamente
não mais existe, e quando existe, vemos certa manipulação de interesses outros,
voltados exclusivamente ao ganho imediato e não o ganho de patrimônio (aquele
que dura para sempre), os veículos de comunicação principais hoje, são a
internet, com sua frieza e distância, e a televisão, com seus anúncios e
matérias desenhadas sob a égide da moeda (mesmo e desde sempre o marketing, ter
existido, mas em níveis menos radical e extremista).
Hoje Presidentes, Governadores, Senadores, Deputados,
Prefeitos e Vereadores, são “eleitos” sob uma cortina de fumaça, de difícil
entendimento, já que os interesses terceiros e nunca ditos, são os principais
motivos. Motivos de conchavos, motivos de faltar com o respeito, de brigas e
ofensas pessoais, familiares e morais.
“Ninguém” mais tem tempo a uma boa leitura, a uma boa
conversa, estimulante, graciosa, educativa, instrutiva e principalmente
coletiva.
Vivemos em um mundo onde a Segurança é Sinônimo de
Violência, não se consegue mais, identificar, por exemplo, que podemos ter
momentos de segurança plena, apenas através do cumprimento do dever dos
políticos eleitos para tal, cumprimento o que determina a Constituição Federal,
apenas isso. E que isso é sinônimo de Saúde, Educação, Trabalho, trafego e uma
mobilidade urbana adequada, apropriada e digna de um Ser que se intitula
Humano.
Que existindo apenas estes itens de forma adequada,
removeria às revoltas, as queixas, as reclamações e consequentemente a
violência, que mata hoje no Brasil, da mesma forma que as guerras em andamento
no mundo.
Momento, Momentos que podemos fazer promover, impor, exigir
que tenhamos mudanças de fato e de direito, apenas com o cumprimento do que
regem as leis produzidas por todos aqueles que estão no poder.
Fico momentos e mais momentos, noites e
mais noites, pensando em como EU posso fazer o que devo fazer, lembrando-me da
frase “Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte o que você
pode fazer por seu país.” De John F. Kennedy.
Ruiter Franco
Santo Estevão/BA – 09/10/2014
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