Ontem muitos
reclamavam e criticavam a administração pública, hoje outros (e talvez os
mesmos), reclamam da atual, amanhã todos estarão a reclamar também. Alguns
criticam e ou reclamam, por não terem espaço em tal administração, outros por
serem correligionários da “oposição” (adversários políticos), outros por
interesses terceiros e escusos e outros por enxergarem de forma mais ampla as
necessidades públicas.
Quem esta com a razão?
Hoje, toda nação tem conhecimento de que os recursos públicos são mal
empregados, mas também tem conhecimento de que os mesmos estão sendo reduzidos,
no que tange à transferência para Estados e Municípios.
Porém no afã de
“mostrar serviços”, seja político e ou pré-candidato, ou ainda cabo eleitoral,
um número enorme de pessoas de bem, se projetam a criticar pela critica vazia,
sem real conteúdo, aproveitando assim o “não saber” de uma massa de eleitores,
que ficam ao leo sobre a realidade existente no universo da Administração
Pública.
Por exemplo, todos os
envolvidos com a administração pública, tem conhecimento de que além do já
comentado acima, existem diversas fórmulas de se desenvolver projetos e obras
em favor das necessidades de um Município. Dentre elas, as linhas de crédito
que são disponibilizadas pelos organismos federativos, sob a coordenação política
da Administração Pública Federal, onde recursos são disponibilizados de tempos
em tempos, com taxas de juros subsidiadas, e com normas especificas para
liberação dos mesmos.
Pois bem, em virtude
da redução de receitas, recentemente o BNDES liberou linha crédito aos
Municípios, com intenção de possibilitar a que obras públicas de interesse
comunitário, fossem financiadas com taxas reduzidas, prazo de carência e longo
período para pagt°. O que fizeram então os Municípios que receberam tais
disponibilidades e orientações. Avaliaram suas necessidades mais urgentes e
importantes, dentro de uma capacidade de endividamento que viabilizasse a
manutenção do custeio administrativo e de investimentos necessários ao
crescimento e desenvolvimento do seu município, desenvolvendo um projeto que
necessita de apoio do Legislativo Municipal, a quem encaminhou para aprovação.
Ocorre que tal linha
de crédito, disponibiliza 12 meses de carência, tempo necessário a aplicação
dos recursos financiados. Como estamos ha 12 meses das próximas eleições, o que
fizeram as oposições à administração? Convenceram a uma parcela da sociedade de
que tal projeto, era no mínimo mal redigido, isso para não falar o que foi dito
por oposicionistas às administrações atuais, no lugar de se somarem em favor de
um interesse maior em favor das comunidades a serem beneficiadas, defendendo e
apresentando ampliações, auditando e cumprindo com seu papel de agente
fiscalizador das ações do Executivo.
Resultado, tais
projetos não foram aprovados, o que então não permitirá que em muitas
comunidades e bairros, muitos milhares de ruas não sejam calçados, que muitas
ruas importantes não sejam pavimentadas, que praças não sejam construídas em
comunidades e bairros que não tem nenhuma praça ainda e que estradas de chão
não sejam melhoradas.
Na realidade quem foi
que ganhou com esta reprovação de linha de crédito?
Ninguém, pois os
pré-candidatos que trabalharam contra, não poderão ir a tais comunidades e
bairros pedir voto, após tê-los negado melhorias em suas ruas, conforto e
melhor segurança, mas aqueles que foram a favor, poderão nesta mesma
comunidade, reafirmar seu interesse em contribuir para com eles, pois defendeu
seus interesses, lutou pela valorização de seus imóveis, pela melhoria da saúde
daquelas famílias que ali residem, pois com o calçamento, vem a redução de
problemas até mesmo na saúde.
Mas quem perdeu?
TODOS, sim todos
perderam, a cidade perdeu geração de emprego e renda, através de contratação de
mão de obra, para execução destas obras, a cidade perdeu em ser ampliada em seu
volume de ruas calçadas e pavimentadas, os moradores destes bairros, perderam a
valorização de seus imóveis e a possibilidade de melhorarem a sua qualidade de
vida.
Triste final para um
pleito que deveria ter como prioridade o Povo e não à Política Partidária
eleitoreira, mesquinha e tacanha, onde a inimizade, a ausência de respeito, a
falta de real comprometimento com o povo, só traz desconforto e mesquinhez.
Por tudo isso, vemos
como urgente a necessidade de verdadeira união em favor de um mundo melhor, de
uma ação onde o interesse coletivo seja prioridade a todos, onde os valores
sejam reais, onde os ganhos sejam por merecimento de trabalho e luta e não por
conchavos.
Tenho dito.
Ruiter Franco – 27/09/2015
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