A Morte. Na hora chega!!!



No madrugada (4:30) ultimo dia 29/11/2016, despertei sob um sinal do WhatsApp, onde um grande Amigo, informou “Acidente com avião da Chapecoense”, sonolento do cansaço em que me encontrava, não liguei a TV.

Algum tempo depois, tomo conhecimento do triste acidente ocorrido, que foi pra mim como levar um choque elétrico, fiquei estático, com o que ouvia, com diversas opiniões, cheias de razão, de criticas ao piloto, à comissão do time, à ANARC, enfim criticas a todos, pois nestas horas, todos são exímios “donos da razão”, o telhado de vidro só pertence ao lado contrário, ninguém o tem.

Fiquei 2 dias sem nada escrever, pois o que falar? Como falar? Quando tantas famílias, amigos, companheiros, se encontram tristes, chocados com a perda repentina de pessoas jovens que ou eram atletas, ou profissionais do Esporte, ou da Imprensa, e mesmo da Aviação, ou seja, não morreu o 
Time do Chapecoense, morreram mais de setenta pessoas de diversos setores.

Mas a imprensa, com exceção dos veículos de comunicação que perderam alguns profissionais e deles falaram só se fala do Time que perdeu seus jogadores, Massagistas, Roupeiro, Técnico, Médico, Auxiliares não são lembrados, nem mesmo os convidados o foram.

Porém fico aqui a pensar e a tentar fazer uma conta, que não consigo chegar a um número, quantas dezenas de pessoas morrem diariamente no Brasil, em virtude do descaso para com o setor de Saúde Brasileiro?

Quantos morrem nas estradas, em virtude dos abusos cometidos por pessoas incapazes de dirigir mas que assim o fazem provocando sérios acidentes, por falta de uma fiscalização adequada e realmente punitiva?

Quantos morrem em acidentes com caminhões e carretas nas rodovias brasileiras, em virtude da péssima qualidade das mesmas, e ou, pela carga de trabalho, que lhes é imposta pela necessidade de sobrevivência de seus Familiares.

Quantas pessoas morrem diariamente no Brasil, por chegaram ao Hospital e não serem atendidas, ou, serem devolvidas às suas casas “por não terem nada”?

Mas este mesmo Brasileiro que sofre todas estas questões acima, se comove ao saber da queda de um Avião onde morreram mais de setenta pessoas, se comovem ainda mais, por ser um Time de Futebol.

Quem somos?                                 Onde vamos?                   O que realmente queremos?

A Morte chega na hora que tem que chegar.

Ruiter Franco

02/12/2016 – 7h

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