Escolas – Educandários


O QUE A ESCOLA DEVERIA APRENDER ANTES DE ENSINAR? (clique na frase para acessar a apresentação da Filosofa Viviane Mosé)
Não concordo com algumas das colocações da Professora Viviane Mosé, até porque ela inicia sua fala, pecando em relação ao período da aplicação da “Admissão” que acontecia ao final do 4° ano primário, onde tínhamos que provar conhecimento (vestibular) para acessarmos ao Ginásio, onde a reflexão nos eram estimuladas o que nos levava à pratica do Raciocínio. Porém discordo quando ela fala em escola elitista, formada para criar lideranças sim, mas elitistas não, pois todos podiam estudar. Claro que na época a necessidade humana apesar de “menor” fazia com que desde cedo filhos auxiliavam na “manutenção” da casa, trabalhando. E as escolas eram poucas, além de distantes, o que não possibilitava aos residentes em áreas rurais delas participasse, mas nos perímetros urbanos não faltavam escolas. Além do que ser Professora era uma Honra e uma vocação, que nascia naturalmente.

Porém tenho que concordar quando ela comenta a respeito da peculiaridade da hierarquia autoritária da nomenclatura utilizada:
·    “seriada”/Anos de experiência curricular,

·    “disciplina”/Matérias,

·   “grade”/Programação de Aplicação de Matérias,

·   “sirene de aula e tempo definido curto”, realmente esta á uma pratica da qual cremos deve ser alterada, permitindo um maior tempo ao professor, de forma a que o mesmo possa programar sua aula dentro do padrão em que seus alunos estejam aptos a terem melhor aproveitamento. Cada turma bem como cada Professora, tem uma metodologia de aplicação e de aprendizagem que necessita ser conhecida e respeitada, para que haja pleno aproveitamento e aprendizagem.

·   “prova”/Avaliação de Conhecimento, discordamos da forma como apresenta a questão. Apesar de concordarmos que uma nova forma de levar ao aluno a mostrar seus conhecimentos da disciplina, necessita ser uma condição de livre iniciativa do Professor, frente à condição de cada aluno e mesmo da turma. Já que uma disciplina como Biologia, por exemplo, pode ser efetuada uma avaliação de conhecimento através de apresentação de trabalhos textuais e ou de laboratório.
Sobre a avaliação das Escolas Militares, cremos que lhe falte real conhecimento a respeito do tema. Mesmo e apesar de preferencialmente sermos favoráveis à identificação de uma modelo de liberdade aos estudantes que lhes sejam permitidas condições de elevada criatividade acadêmica, o que só é possível (a nosso ver) através do estimulo à critica, que por sua vez, passa por uma avaliação filtrada das questões relativas a estas, ou seja, a critica pela critica, como infelizmente vemos hoje, não é saudável, muito pelo contrário.
Sobre as áreas disponíveis, vemos como necessárias novas estruturas, mais arejadas e amplas, porém onde o estimulo ao dialogo, à pratica de atividades diversas sejam possíveis em um ambiente, onde a liberdade com respeito seja pratica, ou seja, uma mesa de Ping Pong, não prejudique a um dialogo sobre Literatura, ou a declamação de um Poema não seja perturbado, pela apresentação de uma cena teatral em um ensaio. Mas que todos tenham plenos acesso a estas condições, onde a biblioteca física seja tão visitada quando á virtual, onde o Respeito e as responsabilidades sejam plenamente aplicados.
Em relação a ser uma “penalidade” a criança estar na escola, cremos que a Filosofa, não esteja refletindo a respeito da necessidade ao estimulo ao conhecimento que se faz necessário em uma nação onde a democracia ainda não existe. Muito interessante a “tese”, porém para chegarmos aos níveis de uma educação como na Finlândia, muitos degraus deverão ser escalados.

O respeito é algo intrínseco da Educação, é uma via de mão dupla, porém a maior responsabilidade de aplicação de normas de respeito parte de casa, ou seja, da Família. Se uma criança, adolescente ou jovem não tem educação suficiente para respeitar colegas e professores, ele não esta apto a frequentar uma “comunidade” escolar. Neste quesito, a Família deve ser convidada a participar de atividades, onde lhe sejam apresentadas condições “sine qua non” de manutenção de desenvolvimento de seu filho. Através de programas bem desenhados e bem alicerçados a que haja realmente possibilidades de ampliação do conceito de Respeito e responsabilidade no âmbito Familiar (mesmo não sendo este o papel principal de uma escola).
Viver a cultura, sair das paredes da escola, é algo de fundamental importância, excelentes sugestões apresentadas.
O Conhecimento abstrato como comentado, tem significativo valor, mas a busca de se colocar em pratica o conhecimento a ser transmitido é de fundamental importância.

Interessante o pensamento apresentado sobre a forma de aplicabilidade da dependência de mérito, quando se fala do canudo jogado ao lixo.
A Escola deve buscar desenvolver eventos e atividades que promovam não a alienação estática, mas a alienação do desenvolvimento, do raciocínio, da praticidade e do crescimento intelectual e humano. Onde a perda e a queda é motivo de compartilhamento pleno.

Diversidade e Globalidade, ampliação do entendimento e do conhecimento.
“A escola não é problema da Escola é um problema da cidade. Ou Criamos uma Cidade Educativa ou nós não teremos nem cidade, nem sociedade, nem ser humano.” Prof. Rui Canário

Ruiter Franco – 26/10/2017 – 11:30h

Comentários