POPULAÇÃO x ENSINO e CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL x QUALIFICAÇÃO PARA O TRABALHO / EMPREGO e as Desigualdades existentes
Recentemente participei de 2 debates que tem muito em comum,
Ensino (erroneamente chamada de Educação por muitos) e Emprego/Trabalho. Após expor meu
entendimento sobre cada tema em grupos distintos, optei por fazer uma rápida pesquisa
um pouco mais profunda sobre dados registrados, para verificar se os mesmos “batem”
com minha experiência e vivência em dois universos, Capitais e Municípios
maiores versos Cidades de médio a pequeno porte.
SOBRE POPULAÇÃO
Primeiro dado
interessante: Os 17 municípios do país com população superior a um
milhão de habitantes concentram 21,9% da população nacional e 14 deles são
capitais estaduais.
46 Milhões 400 Mil e 712 Habitantes têm estes 17 municípios.
Segundo: Em
2020, 49 municípios brasileiros tem mais de 500 mil habitantes, sendo 17 os que
superam a marca de 1 milhão de habitantes
Terceiro: capitais superam os 50 milhões de habitantes,
representando, em 2020, 23,86% da população total do país.
Com os dados acima concluímos uma população próxima de 219 milhões de habitantes. Podemos
concluir que destes - 50 Milhões vivem
nas Capitais e 43 Milhões vivem em
cidades de grande porte acima de 500 mil
habitantes cada.
Ou seja, 42% da população Brasileira vivem nas Capitais e ou
cidades consideradas de grande porte. O que traduzimos a que 58% = 127 milhões
de Brasileiros vivem em cidades de médio ou pequeno porte
Dados Regionais (População
por região):
Norte – 8 % da população – densidade= 4,12 habitantes por Km2
Nordeste – 29 % da população – densidade= 36,06 habitantes
por Km2
Sudeste – 41 % da população – densidade= 87 habitantes por
Km2
Centro-Oeste – 7 % da população – densidade= 8,7 habitantes
por Km2
Sul – 2 % da população – densidade= 53,19 habitantes por Km2
Observamos então que a região sudeste absolve maior percentual da população. Portanto confirma ser a maior região produtora do PIB Brasileiro e assim tem uma maior capacidade de geração de emprego e renda, bem como ter um nível de profissionais acima da média nacional.
SOBRE EMPREGO
Veja alguns exemplos de pessoas que, embora
não possuam um emprego, não podem ser consideradas desempregadas:
·
um
universitário que dedica seu tempo somente aos estudos
·
uma dona
de casa que não trabalha fora
· uma empreendedora que possui seu próprio negócio
ENSINO/EDUCAÇÃO NO BRASIL
O que podemos observar com as informações e gráficos abaixo:
O aumento dos números de repetência estava a “prejudicar” os índices Nacionais do IDEB, ou seja, a qualidade da transferência de Conhecimento aos alunos estava mais que clara, em virtude da popularização do “emprego” de “professores” não qualificados, para o exercício do Ensino. Como podemos ver no Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação que contem o gráfico abaixo.
Mudanças anunciadas em 2005 avaliadas em 2017, mostram mais um fracasso na qualidade do Ensino no Brasil.
Dez anos depois da
criação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), 71% das escolas dos anos iniciais do ensino
fundamental avaliadas em 2015 ainda não chegaram ao patamar mínimo de qualidade
definido pelo Ministério da Educação (MEC). E 39% delas ainda estão distantes da meta
nacional estipulada pelo próprio MEC para 2021, que corresponde ao nível 6 no
Ideb. (Fonte: 22/11/2017 - https://g1.globo.com/educacao/noticia/apos-dez-anos-do-indice-de-qualidade-da-educacao-39-das-escolas-do-5-ano-seguem-distantes-da-meta-nacional.ghtml)
Vale ressaltar que o “problema” Educacional não teve inicio
no período pós Militar. Este processo de “desmoralização e perda de qualidade”
teve inicio bem antes, quando a Esquerda teve inicio mais “pesado” em suas
atividades em nosso território. Veja gráfico abaixo. Mesmo com os Militares
administrando e defendendo os interesses Nacionais, a pressão por mudanças no
sistema de Ensino eram grandes, promovendo a necessária contratação de Professores, ainda que não qualificados a tal necessidade, atendendo então às “exigências” (politicas) da “população” influenciada pelos “anarquistas de então”. Pois ja na
Constituição de 1946, a influência da Esquerda já era notória, tendo em vista a
liderança de Getúlio Vargas.
Como também podemos constatar no gráfico abaixo a influencia
do Governo no Ensino Básico.
Contradizendo a todo o exposto ainda assistimos a novos
estudantes que tem como base apenas os dados manipulados pelos interesses
politiqueiros de apresentar números exclusivamente passando “Tinta para o papel”
sem uma real avaliação sobre a qualidade que se faz desde sempre necessária. Pois
como comentado acima o Brasil teve um crescimento gigante de 48% de jovens
entre 14 e 17 anos na escola em 1970 para impressionantes 94,2% nos dias atuais,
sendo que neste universo (14 a 17 anos) estimava-se em 2010 haver 2,5 milhões de jovens
fora das salas de aula.
Hoje temos o desprazer de assistirmos inclusive a “mestres”,
“doutores”, “pós-doutores” escrevendo errado, inclusive em salas de aulas do
terceiro grau. Assistimos a graduação de seres que desconhecem a pratica da
leitura, desconhecem o prazer de um debate onde exista a possibilidade de
mudança de entendimento sobre temas pujantes e de grande importância em favor
do futuro de nossa Nação.
Necessitamos TODOS,
nos lembrarmos da máxima de Antoine de Saint-Exupéry “Tu deviens responsable pour toujours de ce que tu as apprivoisé” – “Tu te tornas
eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Para encerrar um vídeo da USP nos mostra com muita propriedade as variaveis e dificuldades existente no Ensino a na Capacitação de Profissionais ao Mercado de Trabalho.
Portanto, todos necessitamos retransmitir, repassar, distribuir por menor que seja o conhecimento, deve faze-lo com honra e orgulho. Ainda que tal fonte lhe seja a base de sua sustentação econômica financeira, deve-se priorizar o coletivo, a importância do “outro Ser”, assim estaremos promovendo a Igualdade, reduzindo a desigualdade existente em nossas Comunidades, Municípios, Estados e Nação, conforme muito bem registra em a “Hermeutica da Desigualdade” do Nobre Professor Dr Taurino Araújo.
“Mostrei minha obra prima às pessoas grandes e perguntei se o meu desenho lhes dava medo. Responderam-me "Por que um chapéu daria medo?" Meu desenho não representava um chapéu. Representava uma jibóia digerindo um elefante. Desenhei então o interior da jibóia, a fim de que as pessoas grandes pudessem entender melhor. Elas têm sempre necessidade de explicações detalhadas.
Fontes:
https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362011000400005
http://educacao.acate.com.br/20-anos-de-educacao-no-brasil/
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